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Índice de inadimplência bancária de pessoas físicas bateu 13,8%

A inadimplência de pessoas físicas no pagamento de empréstimos bancários chegou a 13,8% em dezembro de 2001. Esse é o maior valor desde que o Banco Central (BC) passou a classificar como inadimplência o prazo de 15 dias de atraso no pagamento de dívidas.

No começo de 2001, o valor da inadimplência das pessoas jurídicas era de 9,5%. O crescimento de 4,3 pontos percentuais ou 45% no ano foi provocado, de acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, pelo aumento das tarifas bancárias e pela diminuição da renda da população.

Para as pessoas físicas acontece o contrário. O valor de 6% de dezembro, mesmo sendo o maior do ano, é bem inferior ao registrado em janeiro do ano passado, por exemplo, quando a inadimplência chegou a 7,8%.

A inadimplência é um dos fatores que gera as altas taxas de juros bancárias. Em dezembro os bancos cobraram juros de 71,8% sobre os empréstimos para pessoas físicas e 160,18% sobre o cheque especial.

Quando a inadimplência era menor, por exemplo, de 9,5% (em dezembro de 2000), a taxa cobrada para empréstimos era de 66,5% e quem ultrapassasse o limite do cheque especial pagava juros de 152,71%.

A expectativa do BC é de que a inadimplência caia neste ano com a melhoria das condições econômicas do País e com o aumento da renda da população.

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