Vendas do varejo devem recuperar três pontos percentuais em um ano
Para o presidente da ACE, William Paneque, números devem ser celebrados
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) projeta uma queda de 3,6% no volume de vendas do varejo nacional no período acumulado de 12 meses terminados em setembro de 2017.
Já no período anterior (setembro/2015 a setembro/2016), segundo dados já consolidados, o comércio varejista brasileiro recuou 6,6% em volume de vendas. Se a projeção da ACSP se confirmar, portanto, representará uma recuperação de três pontos percentuais no intervalo de um ano.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE-Guarulhos), William Paneque, os números mostram que a economia brasileira está se recuperando, mesmo que lentamente.
“Neste momento em que a situação econômica dá sinais de recuperação, o empresário pode contar com os serviços e a representatividade da ACE para que o seu empreendimento cresça de uma maneira segura. É importante ter o apoio de uma entidade como a nossa para que todo o processo de fortalecimento da empresa seja feito corretamente”, declarou o dirigente.
O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, também está otimista em relação ao futuro do País, mas disse que os empresários necessitam ter cuidado.
“A perspectiva é de uma recuperação lenta do varejo nos próximos meses, mas ainda no campo negativo. O aumento do desemprego, a queda na renda do trabalhador e a escassez de crédito dificultam uma retomada mais rápida”, afirma.
Para ele, 2018 será o “verdadeiro ano da retomada do setor”, que voltará a apresentar taxas expressivas de crescimento. “O ano de 2017 é de transição: estamos superando os efeitos da crise. No ano que vem, tudo sinaliza para tempos melhores”.
A projeção foi elaborada pelo Instituto de Economia da ACSP com base em dados do IBGE e do Índice Nacional de Confiança (INC), pesquisa mensal da Associação Comercial de São Paulo.
As informações se referem ao varejo restrito, que não considera automóveis e material de construção e abrange oito atividades: 1) combustíveis e lubrificantes; 2) hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 3) tecidos, vestuário e calçados; 4) móveis e eletrodomésticos; 5) artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 6) livros, jornais, revistas e papelaria; 7) equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação; 8) outros artigos de uso pessoal e doméstico.