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Terrorismo nos EUA faz dólar disparar.

Guarulhos, 11 de setembro de 2001

Folha ImagemO mercado financeiro mundial parou hoje para acompanhar os atentados terroristas que assolaram os Estados Unidos. No Brasil, analistas, investidores e operadores, dizendo-se perplexos, afastaram-se dos negócios.

Quase parado, o mercado de câmbio negociou o dólar comercial com pressão maior do que em qualquer outra crise. Os problemas na Argentina, por exemplo, ficaram pequenos perto do que a economia mundial poderá sofrer com os ataques de hoje.

A moeda norte-americana terminou o fatídico 11 de setembro quebrando novo recorde do Plano Real. O patamar do dólar pulou hoje de R$ 2,60 para R$ 2,66, terminando em R$ 2,656 para compra e R$ 2,660 para venda, em alta de 2,03%.

No mercado paralelo, a cotação chegou a R$ 2,70, em São Paulo.

A pressão sobre o dólar tende a piorar nos próximos dias, que serão incertos em relação à economia mundial. Essa percepção foi projetada hoje pelos investidores, por exemplo, em negociações no mercado futuro. A BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), que ao contrário da Bovespa manteve suas operações, apesar do baixo volume negociado no câmbio, é uma prova dessa afirmação.

O dólar para o próximo mês fechou cotado em um patamar ainda mais elevado: a R$ 2,720, alta de 2,02%. O dólar para liquidação em novembro subiu 2,35%, para R$ 2,745.

Hoje, apenas algumas corretoras operaram. No interbancário, o volume foi baixo. O Banco Central, porém, informou que as liquidações das transações do sistema financeiro estão asseguradas hoje.

A Bolsa de Valores de São Paulo despencou mais de 9% com os ajustes finais após a suspensão do pregão, às 11h15.