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Vendas do comércio caem 6,32%

Guarulhos, 02 de abril de 2002

A queda acumulada nos dois primeiros meses do faturamento real do comércio na região metropolitana da capital do ano atingiu 6,32. É o que revela a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, realizada mensalmente pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) na região metropolitana da capital.

Os dados revelam que o faturamento real do comércio na região metropolitana da capital caiu 5,75% e 7,23% em relação a janeiro/2002 e a fevereiro/2001. As vendas físicas, caíram 6,83% e 10,21% em relação a janeiro/2002 e a fevereiro/2001,enquanto a queda acumulada nos dois primeiros meses do ano se eleva a 8,24%.

Segundo Fábio Pina, assessor econômico da Fecomércio, as razões dessa retração são as altas taxas de juros e o desemprego, que “puxaram para baixo o faturamento de fevereiro”. Para o assessor, “os dados revelam apenas o que já se sabia, as vendas andam ruins”. Mas, na sua opinião, ainda é possível prever que o comércio fechará o ano com um faturamento de um ou dois pontos positivos, “porque, a partir de agora, deve iniciar uma curva ascendente, as vendas começarão a reagir.”

Para que o comércio volte a crescer, o assessor diz ser necessária a recuperação do nível de confiança dos consumidores e melhores condições de crédito. Ele não acredita num crescimento mais consistente das vendas, pelo menos no curto prazo, em razão da “renda real deprimida e da inadimplência”.

O assessor revelou que o nível de emprego formal do setor varejista da região metropolitana cresceu 0,15% em fevereiro, relativamente a janeiro, e 0,11% com relação a fevereiro do ano passado. A pesquisa Conjuntural do Comércio mostrou quedas de 4,89% e 5,29% na massa real de salários no varejo da capital em fevereiro, comparativamente a janeiro deste ano, e a fevereiro do ano passado. O mesmo aconteceu com o salário médio real (queda de 5,03% na variação mensal e de 5,4% sobre fevereiro/2001).

Célia Moreira