Vêm mais aumentos por aí
Os trabalhadores vão começar a próxima semana com orçamento mais apertado. As contas de luz da Cemig vão subir 10,5% na segunda-feira. Além da gasolina que já estará até 10% mais cara nos postos a partir de amanhã, a Petrobras já está analisando o novo aumento para o gás de cozinha (GLP). O óleo diesel também está na fila dos reajustes.
Embora tenha repassado um reajuste de 14,5%, no início desta semana para o botijão de 13 quilos, a estatal deve aplicar o segundo reajuste do mês, que, segundo o mercado, deverá chegar a 16% nas refinarias. O produto só não subirá novamente este mês se a cotação do barril de petróleo recuar significativamente nos próximos dias. O óleo diesel também está na fila dos aumentos. Tudo por causa da disparada do preço do petróleo por causa da crise no Oriente Médio. Ontem, a cotação do produto no mercado internacional teve um pequeno recuo.
Energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem o percentual do aumento das tarifas de energia elétrica para diversas companhias, entre elas a Cemig. Trata-se do reajuste anual previsto no contrato de concessão. As contas de luz dos consumidores mineiros acumulam alta de 16,51% no ano. A expectativa inicial da empresa era que o reajuste fosse pouco maior que 11%. Ela solicitou repasse de 15,89% à Aneel. O aumento no ano passado foi de 16,9%.
O aumento de 10,51% é o percentual máximo autorizado, mas a empresa poderá, a seu critério, aplicar pecentuais menores. As tarifas de fornecimento de energia elétrica são corrigidas anualmente, na data de assinatura dos contratos de concessão.
Combustíveis
A possibilidade de um novo aumento para o gás de cozinha em menos de 15 dias movimentou o setor, que ainda está se adaptando ao aumento de segunda-feira, de 14,5% nas refinarias. “Estamos acompanhando atentamente os fatos no Oriente Médio”, afirmou o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás em Minas Gerais (Sirtigás), João Carlos Fadlallah.
No repasse do dia 1º, a alta chegou a 44% para os consumidores de Belo Horizonte. O valor médio do botijão de 13 quilos hoje é de R$ 24,52 na capital mineira. Mas há revenda que cobra até R$ 30.
Até mesmo um racionamento do produto chegou a ser cogitado por algumas distribuidoras em atividade em Minas. No início da década de 90, com a Guerra do Golfo, os botijões de 13 quilos foram engarrafados com apenas 10 quilos, para evitar mais desabastecimento. Mas a Federação Nacional dos Revendedores de GLP (Fergás) informou que essa possibilidade está descartada. Em janeiro, após a abertura do mercado de combustíveis, houve uma elevação de 12% do GLP nas refinarias.