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Experiências de Guarulhos e Santos

Guarulhos, 14 de junho de 2002

arteMais de U$ 5 bilhões devem ser investidos na região de Guarulhos. Essa é a perspectiva de empreendimentos do setor privado com a retomada de atividades no entorno do aeroporto e na cidade indústria de Cumbica. A afirmação é de Élson Roberto de Souza, diretor geral do Ciesp de Guarulhos, com base num estudo internacional sobre a região.

A retomada industrial é uma das ações da Agência de Desenvolvimento de Guarulhos e região (Agende) – uma ONG fundada em 1999 com o objetivo de incentivar a sinergia entre entidades públicas e privadas.

Uma das Atuações da Agende no desenvolvimento da região foi a criação do “Sim Guarulhos” – uma legislação fiscal que propicia ações de empresas privadas nas áreas social e de infra-estrutura com benefícios fiscais – que já ajudou a instalação de várias empresas e contribui para a criação de dois mil empregos.

“Mais de 20 mil postos de trabalhos podem ser conquistados com a volta das indústrias para o entorno do aeroporto de Cumbica”, diz Souza.

Segundo ele, já está programada a transferência de duas mil famílias instaladas na Cidade Industrial para conjuntos habitacionais da CDHU. “Isso permitirá a volta atividade industrial ao local., que deve atrair cerca de U$ 5 bilhões de investimentos” comenta. O entorno do aeroporto deve atrair empresas do setor de feira de negócios; centro tecnológico de última geração; e centro de oportunidades, além de empresas de serviços.

Vinte mil empregos no porto

Aproveitar os recursos locais do porto de Santos para viabilizar a instalação de uma indústria competitiva. Essa é a meta da plataforma industrial alfandegada que pretende – por meio de uma série de negociações com o Legislativo – reduzir o custo de transporte, suspender a incidência tributária, atrair capitais e investimentos externos e gerar empregos e oportunidades de negócios em escala internacional.

De acordo com Mário Rubliner, diretor titular do Ciesp de Santos, a idéia existe há 15 anos, “mas só foi possível coloca-la em prática depois da aprovação da Lei nº 8639, que dá origem a ma nova regulamentação portuária”.

O programa conta com o apoio de órgãos governamentais como o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Santos e Praia Grande, a Alfândega, e a Unifisco. Segundo Rubliner, o Ciesp ajuda, junto com a prefeitura, as áreas que poderão ser utilizadas dentro da Companhia Docas de Santos. A idéia do projeto é incentivar a instalação de empresas dos setores mecânico, têxtil, plástico, calçados e de confecção. “Queremostambém criar um espaço para a reintrodução da indústria do café, que já foi tão proeminente na região”.

Impacto social

As iniciativas também devem facilitar a criação de pequenas e médias empresas na região portuária. “Esperamos, com essas ações, gerar quatro mil postos de trabalho diretose mais de 15 mil indiretos”.

O fortalecimento da atividade industrial de Santos deve provocar um impacto social positivo numa região que carece de oportunidade de trabalho, afirma Rubliner. “Quanto ao faturamento e à movimentação de negócios, vai depender do tipo de empresas instaladas no local”, diz. Mas o diretor de Ciesp considera que o retorno virá a curto prazo.

(C.M.)