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A revolução digital vai matar o cartão de plástico?

A revolução digital e a popularização da internet não vão matar os cartões de plástico. É o que garante o CEO da Amex, Ken Chenault. O executivo falou a respeito no terceiro dia do “Big Show”, a maior convenção mundial do comércio, organizada anualmente em Nova York pela Federação Americana de Varejistas (NRF). A Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos está representada no evento com o superintendente Maurici Dias Gomes.

Para Chenault, as companhias de cartão de crédito estão se adaptando ao novo mundo. A American Express foi fundada em 1850 e, em seus primeiros 40 anos, a empresa atuava no segmento de transportes de mercadorias e valores. Foi só em 1891 que a companhia lançou os traveler’s cheques, uma espécie de garantia de crédito que foi o embrião do negócio pelo qual a companhia é conhecida hoje.

Se um dos slogans mais célebres da história da empresa era “Não saia de casa sem ele”, hoje a American Express está vislumbrando um futuro em que as pessoas saiam de casa sem ele (o cartão). A revolução digital virou de cabeça para baixo tudo o que diz respeito ao varejo: da instilação do desejo à própria necessidade de ir a uma loja.

O último bastião a resistir bravamente nas práticas do século passado é o pagamento – ou era. Empresas como Apple e Google, que dominam o mercado de software para celulares, já permitem que os usuários paguem suas compras com o smartphone.

O próximo passo será o pagamento por meio de dispositivos de vestir, como os relógios inteligentes. O que será das empresas de cartão de crédito? Para Ken Chenault, não haverá mudanças tão drásticas como muitos imaginam. “Não acredito que o plástico vá desaparecer”, disse Chenault.

Mas isso não quer dizer que não existam desafios, muito pelo contrário. Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que todos os sistemas de pagamento móvel exigem um cartão de crédito ou débito. O que muda de fato é o mecanismo do pagamento: em vez de passar o cartão na leitora, basta aproximar o smartphone para que a transação seja completada.

(Com informações do Diário do Comércio)

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