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A terceirização na mira

Delegar atividades da empresa a terceiros não se trata de um simples modismo da economia globalizada. Significa reduzir custos, economizar tempo e melhorar a competitividade dos produtos ou serviços. Na teoria, o esquema parece perfeito para solucionar os problemas administrativos de uma organização. E seria mesmo, se, na prática, os empresários continuassem a controlar o sistema operacional como um todo, o que infelizmente não acontece.

Embora não existam dados oficiais, estima-se que, no Brasil, o segmento de mão-de-obra terceirizada movimente por ano cerca de R$ 20 bilhões, sendo 50% só no Estado de São Paulo. Apesar de se tornar cada vez mais uma necessidade, a terceirização implica riscos causados tanto pelo descaso de dirigentes quanto pela postura ainda amadora de muitos prestadores desses serviços.

Abandono

O brasileiro só visualiza a terceirização como uma maneira de reduzir custos e livrar-se do problema. O dirigente não encara esse processo como uma espécie de melhora da sua qualidade para poder voltar-se totalmente à sua atividade-fim. Então, ele abandona as áreas terceirizadas ou não dispensa a elas o cuidado necessário. O que acontece é o efeito boomerang.

A empresa que terceirizou qualquer tipo de serviço e não acompanhou o processo, depois de algum tempo verifica que a coisa muitas vezes foi mal conduzida, gerando problemas gigantescos. Como a fiscalização está tornando-se cada vez mais atuante, principalmente na área tributária, o problema tende a se agravar significativamente.

O empresário que tem visão está percebendo que o Brasil vai ser outro. Com a inviabilidade da criação de novos impostos, dentro de cinco anos vamos ter uma estrutura de tributação completamente diferenciada, com responsabilidades muito maiores, fazendo valer o que já existe.”

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