ACE-Guarulhos

ACE-Guarulhos defende diálogo permanente sobre fechamento de setores do comércio

Ao lado de outras entidades ligadas ao setor produtivo da cidade, a ACE-Guarulhos, participou de reunião, na tarde desta quinta-feira, 18/03, com o prefeito Guti e outros cinco secretários municipais, na qual foi anunciado o decreto nº 36726, que determina, a partir desta sexta, 20, o fechamento de vários setores do comércio de Guarulhos, sob pena de autuação e até cassação da licença de funcionamento em caso de reincidência. O prefeito informou que o prazo determinado para o fechamento será de 30 dias.

“O momento é de se estabelecer um pacto pela vida. A situação é alarmante e, apesar de sermos sensíveis às perdas que os empresários terão, é essencial estabelecer medidas drásticas agora. Se tivermos prejuízos, é preferível que eles sejam econômicos e financeiros, e não de vidas”, disse Guti. Segundo o secretário da SDCETI, William Paneque, ex-presidente da ACE, o decreto excetua setores essenciais. “Estabelecimentos de abastecimento, como supermercados, farmácias, postos de combustível e feiras-livres, funcionarão normalmente. Mas outros terão que fechar”.

CONFIRA A ÍNTEGRA DO DECRETO

No dia anterior, a Prefeitura já havia decretado a “recomendação” de fechamento para setores como restaurantes, bares, buffets, casas de show, hotéis, motéis, bancos, igrejas, shoppings e concessionárias. “A cada dia alteramos as medidas de acordo com a evolução da pandemia. Estamos diante de um inimigo invisível e imprevisível”, apontou o secretário de Justiça, Airton Trevisan. “Temos a vantagem de estar acompanhando a evolução em países nos quais o coronavírus chegou antes. Por isso, estamos aprendendo com os erros dos outros e fazendo de tudo para que soframos o menos possível”, explicou o secretário de Governo Edmílson Americano.

A ACE-Guarulhos esteve presente à reunião com os vice-presidentes Alonso Álvares (Assuntos Jurídicos) e José Vitorelli (Comércio Exterior), além do superintendente Maurici Dias Gomes. O presidente Silvio Alves não pode comparecer por ocasião do falecimento de sua mãe.

Os representantes das entidades (além da ACE, participaram Sincomércio, Sincomerciários, GRU Convention e bares e restaurantes) demonstraram contrariedade com a real possibilidade de impacto negativo no faturamento, mas se mostraram abertos a discutir as possibilidades de amenização diante do quadro cada dia mais alarmante.

Para os representantes da ACE-Guarulhos, alguns setores precisam ter seus casos estudados pontualmente. “É temerária a situação das empresas, principalmente as pequenas, mas o momento exige essa ação. Importante foi a Prefeitura abrir espaço para o diálogo e possíveis flexibilizações”, apontou Alonso.

“O momento exige essa união por um bem maior. No entanto, é importante que saibamos conduzir de forma a não prejudicar totalmente determinados setores de atividade. A vida é mais importante, mas todos temos que trabalhar para manter a economia girando minimamente”, afirmou Vitorelli.

Para o superintendente Maurici, é preciso sabedoria para tomar as atitudes menos prejudiciais possíveis para todos os envolvidos. “A cada dia nos deparamos com novos e assustadores números. É tudo muito novo e esse diálogo entre a Prefeitura e o setor produtivo é essencial para que as medidas sejam justas”, ponderou.

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