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ACE-Guarulhos troca experiências sobre comércio ambulante em Mogi

Guarulhos, 21 de março de 2016

Dirigentes da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos estiveram na Prefeitura de Mogi das Cruzes na última quinta-feira, 17, para se reunir com os responsáveis pelo eficaz projeto que organizou o comércio ambulante naquele município. O presidente da ACE-Guarulhos, William Paneque, foi recebido pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Osvaldo Bolanho (que já presidiu a Associação Comercial de Mogi, entre 2000 e 2002).

A intenção do encontro foi trocar experiências para que a ACE-Guarulhos traga subsídios a fim de construir projeto parecido por aqui. “Temos um case de sucesso em uma cidade grande, como Mogi das Cruzes. E o que é positivo precisa ser replicado em outras praças”, disse Paneque, que esteve acompanhado do superintendente Maurici Dias Gomes, da diretora do Empreendedor Individual Silvana Araújo e do conselheiro Alexandre Bolonha (Silvana e Bolonha vão desenvolver o projeto na ACE).

“Em Guarulhos, percebemos uma desorganização muito grande. Existem ambulantes legalizados, mas não há padronização nenhuma. Muito menos fiscalização”, explicou Silvana. “Nos principais centros comerciais, aparecem ambulantes de outras cidades e até países. Sem barracas, expondo os produtos – muitos deles falsificados – no chão, atrapalhando o comércio regular, os ambulantes legalizados e os próprios consumidores”, observou Bolonha.

Participou da reunião o diretor de Indústria, Comércio e Serviços da Prefeitura de Mogi, Luiz Carlos Pinheiro. “Aqui nós temos 250 empreendedores de rua. O número é congelado. Não há como aumentar. Eles cumprem obrigações de padronização e capacitação que está diretamente ligada à renovação das licenças”, explicou Pinheiro. Anualmente, os licenciados passam por cursos feitos em parceria com o Sebrae. “E, com o objetivo de valorizá-los, não chamamos mais de ambulantes, mas de empreendedores de rua.”

A padronização (estabelecida em decreto que entrou em vigor em 2010) facilita a fiscalização. “É mais fácil encontrar ‘forasteiros’. São poucos, mas quando aparece alguém fora das normas nossa fiscalização identifica com rapidez”, disse o secretário de Segurança Eli Nepomuceno. “Melhorando a regulamentação, diminuímos a necessidade de fiscalização. Uma coisa está ligada a outra”, disse Pinheiro.

Os empreendedores também comemoram. “Depois da organização as vendas aumentaram”, disse Luciana Vecchi, que comanda a lanchonete Vecchi Donald’s (sim, é de propósito) ao lado do marido Junior. “Temos esse negócio há 17 anos, mas com o projeto Empreendedor na Rua passamos por capacitação todo ano e controle de qualidade. Isso é muito importante, ainda mais porque trabalhamos com alimentação”, completou.