A Moody´s divulgou, há pouco, que está alterando sua perspectiva sobre a dívida em moeda estrangeira do Brasil de estável para positiva. “Tal pespectiva deve-se à crescente resistência frente a choques e contágio reg ional”, diz o vice-presidente sênior de crédito da agência, Ernesto Martinez-Alas.
Segundo ele, essa resistência é sustentada por uma política macroeconômica adequada e pelo “benéfico impacto de diversos anos de solidificação de ganhos oriundos de aju ste fiscal e disciplina em todos os níveis do governo”.
Há dias o mercado financeiro aguarda uma eventual elevação de rating pelas agências de classificação de risco, o que tem beneficiado, entre outros setores, o de títulos soberanos brasileiros.
A Moody´s atribui ao Brasil “sucesso” ao lidar com os diversos choques externos e com a crise energética, e acredita que as autoridades aqui continuarão a adotar medidas apropriadas na condução do País. O monitoramento do superávit primário é um dos focos da agência quando trata-se de Brasil, já que deve contribuir para manter o débito do setor público sob controle.
“O desafio principal para o País no curto-prazo é consolidar a continuidade institucional para garantir a continuidade dos ganhos macroeco nômicos já conquistados”, ressalta Martinez-Alas.
