Até o momento, segundo balanço divulgado pela corporação, 43 pessoas morreram por causa das chuvas em todo o estado. Ontem o coordenador estadual da Defesa Civil, João Bosco, corrigiu o número de óbitos. Segundo ele, estavam na listagem duas pessoas que não morreram em decorrência de desabamentos.
Uma pessoa em Paracambi sofreu um ataque cardíaco e outra em Duque de Caxias teve morte natural. Em Petrópolis ainda há 38 desaparecidos. Em todo o estado são ao todo 1,5 mil desalojados.
De acordo com o previsor Allan Delon, do Inmet, a chuva forte e intermitente que caiu sobre o estado foi causada pelo encontro de uma frente fria, vinda do Uruguai, com áreas de instabilidade (nuvens) carregadas de umidade, vindas da Amazônia. Como a frente fria ficou estacionada sobre a região Sudeste, o quadro se agravou.
Na cidade do Rio, o Alto da Boa Vista foi o bairro que mais recebeu chuvas. O índice pluviométrico chegou a 285,3 milímetros cúbicos, o equivalente a um mês de precipitação. E a situação pode piorar ainda mais, segundo a meteorologista Kátia Fernandes do Weather Channel, uma vez que pode voltar a chover forte na sexta-feira.
Kátia disse que a frente fria estacionada sobre o estado tende a se intensificar por causa de condições atmosféricas instáveis em grande altitude. O fenômeno do encontro entre a frente fria na superfície (a partir de 10 metros acima do nível do mar) com áreas de instabilidade a quase 5 mil metros é chamado de cavado e, segundo a meteorologista, é comum durante o verão:
– A tendência é voltar a chover forte, principalmente na sexta-feira, mas deve continuar chovendo de hoje até o fim de semana.