Alta do dólar eleva preços de feijão e massas
A alta expressiva do dólar desde maio já se reflete nos preços dos artigos básicos dos supermercados. Este mês, a farinha de trigo, massas, biscoitos, óleo de soja e feijão, que já estão de 5% a 12,5% mais caros no atacado, devem subir no varejo.
As cotações mais recentes na Bolsa de Alimentos do Rio mostram que o clima de estabilidade que perdurou até maio não se manteve. O saco de farinha (25kg), que era negociado a R$ 19 está saindo esta semana a R$ 21. O biscoito Cream Cracker passou de R$ 0,95 para R$ 1,05 e as massas de primeira linha aumentaram de R$ 1,50 para R$ 1,65 (10%).
Mas a preocupação maior dos varejistas é com o feijão preto. Com o fim da safra, o abastecimento é garantido por importação de remessas da Argentina, estão com as cotações 12% mais altas.
Segundo o presidente da Bolsa, José de Sousa, os produtores argentinos estão segurando a colheita e cobrando até US$ 450 a tonelada.
” Com a confusão do dólar lá e aqui, o feijão vai chegar aqui ao custo de R$ 1,50. Em pouco tempo, o feijão poderá voltar a custar R$ 3, como aconteceu ano passado.
O óleo de soja sofre também a influência das cotações mais altas no mercado internacional. Com isto, a caixa de 20 latas passou a ser negociada a R$ 24 ” cotação 9% mais alta que a registrada no pregão da bolsa em maio. Segundo Souza, a carne bovina ainda mantém a cotação: R$ 2,90 (traseiro) e R$ 1,80 (dianteiro), mas com a pressão do dólar e o início da entressafra podem subir.