Os 22 mil vendedores ambulantes legalizados que comercializam produtos em barracas na cidade de São Paulo faturam cerca de R$ 300 milhões por ano. A informação é da presidente do Sindicato dos Permissionários em Pontos Fixos de São Paulo, Josefa Viana Nogueira.
Além dos comerciantes legalizados, Josefa calcula que existam mais 30 mil trabalhando informalmente no ramo.
O número de vendedores ambulantes que atuam no comércio de São Paulo subiu, segundo Josefa, de 1.800 em 1996 para os atuais 22 mil, o que representa um aumento de mais de 1.100% em apenas seis anos.
“O faturamento mensal de cada um desses comerciantes varia de R$ 300 a R$ 2,5 mil e depende muito da região em que ele trabalha”, diz Josefa.
O melhor local de São Paulo para o comércio ambulante em barracas, de acordo com a presidente do sindicato, é o centro da cidade, “principalmente a região da rua 25 de Março, que é uma área de venda no atacado”. Em seguida, vêm o bairro do Brás e a rua José Paulino.
Na 25 de Março, os produtos mais vendidos por ambulantes são bijuterias e armarinhos em geral. No Brás, o destaque é vestuário. Na José Paulino, vendem-se bijuterias e roupas da moda. Em locais próximos de estádios e escolas, como o Butantã, comercializam-se mais produtos alimentícios.
Para Josefa, os piores bairros para esse segmento são os mais afastados, como Perus e Itaquera, porque a concentração de pedestres e o poder aquisitivo nessas regiões são menores.
Cerca de 60% das vendas dos ambulantes são feitas no varejo e 40% no atacado, informa a presidente do sindicato.
“De dois anos para cá, as vendas nesse segmento caíram 20%”, afirma Josefa. O comerciante Silvan Ferreira, dono de uma barraca de roupas no centro, diz que essa queda aconteceu “por causa da concorrência”.
Mila Marques