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Blade II – o Caçador de Vampiros

Os fãs de vampiros devem gostar da violência literal e figurativa de Blade II, uma sequência agressiva do sucesso de 1998. Adaptado dos quadrinhos, a produção traz Wesley Snipes como o anti-herói titular, uma figura metade humana e metade vampira totalmente dedicada a combater os sugadores de sangue.

Snipes mais uma vez oferece a dose exata de ação nos combates, esfaqueamentos e tiros que envolvem o protagonista da história. Para quem não assistiu ao primeiro filme, o roteirista David S. Goyer fornece um resumo do histórico do personagem.

Anos atrás, a mãe de Blade foi mordida por um vampiro pouco antes de dar à luz ao filho. O misto de sangue humano e de monstro resultou num ser híbrido que possui todos os poderes associados aos mortos-vivos, mas nenhuma de suas fraquezas.

Blade dedicou sua vida a livrar o mundo dos seres que mataram sua mãe. O problema é que, cedo ou tarde, ele pode criar resistência ao soro que controla sua sede por sangue.

O diretor Guillermo del Toro criou Blade II como uma aventura neo-noir que combina o estilo visual ousado dos quadrinhos com o ritmo acrobático frenético dos filmes de ação de Hong Kong.

O próprio Blade é uma figura que lembra Batman, usando óculos escuros e uma roupa preta à prova de balas. Ele anda armado com artefatos mais letais do que qualquer coisa contida no cinturão de utilidades do outro super-herói: além de cravos e balas de prata, seu arsenal inclui uma espada de samurai, seringas repletas de alho líquido e bumerangues com lâminas afiadas como facas.

Del Toro intensifica o lado ação do filme, empregando o mestre de artes marciais de Hong Kong Donnie Yen como ator e coreógrafo das lutas, e, de vez em quando, acelera a velocidade do enredo, conferindo a algumas cenas o visual e a sensação dos anime japoneses.

Provavelmente a mais inteligente iniciativa do diretor foi ressuscitar o personagem Whistler (Kris Kristofferson), o grisalho mentor de Blade e desenhista de armas, que parecia ter morrido no final do primeiro episódio. A calma e a ironia de Kristofferson criam um contraponto bem-vindo à ação veloz e furiosa.

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