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Boatos na Web: não caia mais nessa

Guarulhos, 19 de agosto de 2002

Se você é um usuário assíduo de Internet, é bem provável que já tenha recebido algum e-mail alertando que seu computador foi vítima de um novo vírus incapaz de ser detectado por nenhum software antivírus. Motivo para se desesperar? Nem sempre. Muitas dessas mensagens são consideradas hoaxes, ou seja, boatos enviados aos internautas que nem sempre são inofensivos.

Geralmente chegam com um arquivo executável, que é identificado pelo remetente como a tal praga virtual. Esse anexo, na verdade, pode ser um arquivo embutido no Windows e se você apagá-lo poderá ter problemas ao tentar acessar sites baseados na linguagem de programação Java, por exemplo.

A má notícia é que esses trotes continuarão propagando-se na Web por um tempo indeterminado. Isso porque grande parte dos novos hoaxes é composta de mensagens antigas que têm sido modificadas e colocadas novamente em circulação. E, na prática, todos os hoaxes ficam rodando na Internet por meses e até anos.

A boa notícia é que separamos algumas dicas para identificar e diferenciar esse tipo de mensagem, caso você seja vítima delas um dia:

1 – Detecte o indetectável – Fique atento com os alertas que afirmam que um vírus não pode ser descoberto. De maneira geral, se você mantiver seu antivírus atualizado, seu sistema irá capturar as pragas mais recentes.

2 – Analise o “assunto” (ou subject) da mensagem – Se a linha de assunto do e-mail inclui palavras do tipo “Urgente”, “Aviso”, ou até “Alerta de Vírus”, pode ser uma boa indicação de que realmente se trata de um hoax. Leia a mensagem com muito ceticismo e não com urgência.

3 – Cuidado com os papos sobre tecnologia – Observe as “pseudos discussões tecnológicas” ligadas aos perigos de vírus. Alguns trotes incluem apenas jargões prolixos e de difícil compreensão.

4 – Confira as fontes – Para criar uma atmosfera de credibilidade, um hoax geralmente menciona uma companhia ou órgão do governo bastante conhecidos, como a Microsoft, Ericsson, Nokia, ou uma empresa de antivírus. Verifique os sites das fontes citadas ou veja a página na Web do seu fornecedor de antivírus, que pode conter uma lista com os principais hoaxes em circulação. E lembre-se de que a Microsoft, por exemplo, nunca reporta um alerta de vírus através do e-mail.

5 – Examine as instruções – Fique atento com as mensagens que pedem, com insistência, que você apague um arquivo manualmente. Claro que de vez em quando é válido fazer isso, mas deve-se analisar, antes de tudo, o contexto da mensagem. Caso contrário, esse tipo de instrução pode significar perigo.

6 – Não repasse o hoax – Falsos alertas sempre motivam os usuários a contar o boato para todas as pessoas que conhece, ao contrário dos alertas verdadeiros. Ignore as instruções, apague a mensagem e não amedronte os internautas listados no seu catálogo de endereços.