Em economia, temos o costume de dizer que quando um movimento tem uma leve tendência de crescimento, chamamos de viés de alta. É o nosso momento!
Os indicadores dão conta do aumento de contratações em vários setores, em especial no comércio. Dão conta também da estabilidade inflacionária e também pequena variação do dólar. Somente estes fatores nos levam a crer que estamos diante de um cenário, na pior das hipóteses, estável.
Entretanto, quando se fala em estabilidade no empreendedorismo, fala-se também de estagnação. E, como muitos empreendedores sabem, ficar parado é estar andando para trás, aliás, quantas e quantas empresas fecharam simplesmente por não seguirem a tendência?
Mas, e qual seria a tendência? Eu diria que a tendência do momento é uma só: otimismo!
Há mais de 20 anos, venho acompanhando o movimento do comércio de nossa cidade, seja como prestador de serviços auxiliares ao comércio, seja como associativista, e pude perceber neste ano de 2017 que uma lufada de esperança está circulando forte nessa cadeia produtiva.
Além dos fatores descritos anteriormente, que dizem respeito a tal estabilidade econômica, é possível dizer que a mais recente reforma trabalhista veio trazer um alento à classe empresarial. Não se trata de dizer que agora o empresário irá ganhar dinheiro às custas do trabalhador, ao contrário: queremos dizer que agora todos podem ganhar mais, inclusive o trabalhador.
A realidade é que o empresário não pensa muito para comprar uma nova máquina que irá impulsionar sua produtividade. Mas, por outro lado, ele pensa 10, 20 vezes quando o assunto é “contratação”. É claro que ele ainda pensa para contratar mas sabe que pode até ser um pouco menos resistente baseado na flexibilização da nova legislação que alterou uma lei da década de 40.
Hoje ele pode rever seus conceitos de jornada baseada no banco de horas (sem intervenção sindical), afastando um pouco o fantasma das horas extras de difícil discussão jurídica. Pode, também, usufruir da legalização do trabalho “home office”, preocupando-se menos com as questões duvidosas que abrangem leis adaptadas, sem contar com as outras modalidades em pauta na reforma.
Por fim, o que todas as questões macroeconômicas são capazes de interferir na vida do comerciante Guarulhense e que aparece no título desse nosso artigo?
É dizer, sob o ponto de vista da esperança, que estamos sob a égide de um governo de ideias novas, vivendo de uma maneira diferente o crescimento de nossa cidade, fugindo um pouco do fantasma das incertezas políticas que pairavam no passado por conta da gestão de um partido envolvido em corrupção.
Mas, isso faz diferença? Diria que sim, afinal – conforme eu comentei linhas acima – a tendência é o otimismo e todo vento favorável ajuda.
E muito!
Jacques Miranda é professor universitário, bacharel em direito, pós-graduado em Marketing e Vice-presidente do Comércio da ACE-Guarulhos.