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Código de barras ganha novas funções no varejo

Guarulhos, 18 de junho de 2002

arteOs sistemas de leitura de preços por códigos de barras são velhos conhecidos do varejo, sobretudo nos supermercados. A novidade é que os códigos vêm se aprimorando, com custos cada vez mais acessíveis a estabelecimentos de todos os portes. Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 65,8% das lojas do setor usam códigos de barras. Entre os 500 maiores supermercados do País, o índice sobe para 99,5%. Além da leitura mais rápida dos preços das mercadorias, os códigos de barras ajudam a controlar a reposição dos estoques nas lojas. “Cada produto possui um código único para descrevê-lo, com informações sobre a empresa fabricante e a própria mercadoria”, diz o analista de suporte da Barcode Informática, Sandro Leite. Segundo Leite, os artigos passam pelos códigos desde o momento em que chegam aos supermercados. “Desde a entrada é possível fazer o cadastro com o preço, quantidade estocada do produto e também a sua margem de lucro”, afirma. A baixa no estoque é dada na passagem do item no caixa, o que já pode agilizar a reposição dos produtos nas prateleiras. “Os programas para repor as venda podem até ser disparados automaticamente se for o caso”, diz.

Controle visual – Antes da popularização da leitura por códigos, todo o controle de estoques era visual, sendo feito pelos próprios funcionários que acompanhavam as vendas nas lojas. “Hoje esse tipo de tecnologia é cada vez mais acessível ao varejo. Até bancas de jornal já fazem esse tipo de leitura dos preços”, explica Leite. Os chamados códigos de barras bidimensionais são uma evolução dos sistemas iniciais do serviço. “A diferença é que são incorporados mais dígitos com informações que nos códigos comuns, com conteúdos como a nota fiscal referente ao produto ou as faturas, diz Leite.

Custos – Os custos para a instalação de um sistema de código de barras para um supermercado com 10 caixas, por exemplo, podem variar de US$ 2 mil a US$ 30 mil, de acordo com a tecnologia. A presidente da rede de supermercados Super Vizinho, Lúcia Morita, utiliza os códigos em seu estabelecimento desde 1994. Na época, seis caixas foram adaptados para receber a tecnologia. “Os benefícios são os mais diversos, como o menor contato manual com os produtos, mais intenso na época das etiquetas. Outra vantagem é conseguir acompanhar a evolução das margens de lucro dos artigos vendidos”, diz.

Isabela Barros