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Centros de compras investem R$ 3 bilhões

O setor de shopping centers no Brasil vai investir, nos próximos cinco anos, cerca de R$ 3 bilhões em expansões e novos empreendimentos, segundo o presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Paulo Stewart.

A avaliação se baseia na radiografia do setor, que prevê para este período projetos de expansão em 44% dos shoppings brasileiros e na previsão de inauguração de mais 25 shoppings no País nesse período.

Em palestra realizada durante o 7º Congresso Internacional da Abrasce, encerrado ontem no Hotel Transamerica, em São Paulo, o presidente da entidade traçou um panorama da conjuntura brasileira de 1965 até os dias de hoje e previu qu, até o ano 2005, os shopping centers crescerão em média 4,5% ao ano, enquanto o crescimento do Brasil no período deve ser de 2,9%, segundo estimativas da RC Consultores, de Paulo Rabello de Castro, que subsidiou a apresentação.

Stewart mostrou que, apesar de ter havido uma redução da renda discricionária do brasileiro pelo aumento da carga tributária e outros pagamentos, os shopping centers cresceram mais do que o comércio brasileiro em geral nos últimos anos. Em 2001, por exemplo, os shoppings cresceram 2,68%, enquanto o PIB do País aumentou 1,5% e o PIB do comércio em geral (medido pelo IBGE) caiu 0,5%. O PIB da indústria também teve um decréscimo de 1,21%.

Para ele, uma das questões mais importantes para o futuro da indústria de shopping centers no País é como encontrar novas formas de financiamento. Na sua opinião, o atual modelo, baseado no reinvestimento dos empreendedores e nos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem os melhores juros do mercado, mas mesmo assim, ainda muito caros, dificulta o desenvolvimento. Paulo Stewart acredita que deve haver uma quebra deste paradigma, com a utilização de novos instrumentos de mercado mobiliário, como os fundos imobiliários e títulos securitizáveis, tendo como garantia a renda futura ou hipoteca dos shopping centers.

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