Comércio deve reclamar da falta de troco com o BC
Os comerciantes que sentem dificuldades na hora do troco têm agora um canal direto de comunicação com o Banco Central, BC, para encaminhar suas reclamações. Através do e-mail faltadetroco@bcb.gov.br, o lojista tem a possibilidade de apontar se o banco em que ele mantém conta-corrente tem suprido as suas necessidades, trocando cédulas de alto valor pelas de baixo valor de face. E também fornecendo moedas. Caso o varejista não esteja satisfeito com o atendimento de sua instituição financeira, o Banco Central poderá intervir na situação. “Iremos procurar a administração do banco para saber porque os comerciantes clientes de determinada agência bancária não têm acesso a moedas e notas de baixo valor”, ganrantiu Luís Henrique de Almeida Cabral, chefe-adjunto do Departamento de Meio Circulante do Banco Central.
Lotes adicionais – Se for detectado que a agência não tem abastecido sua clientela com dinheiro trocado por culpa do Banco Central, Cabral diz que serão encaminhados lotes adicionais de cédulas e moedas para aquela agência ou região. Mas para que o Banco Central possa melhorar o problema do troco é preciso que comerciantes e população participem ativamente da campanha, encaminhando o maior número de informações, reclamações e dúvidas ao Banco Central.
Pesquisa – A Associação Comercial de São Paulo já realizou inclusive uma pesquisa, nos meses de abril e junho, para identificar quais eram as principais reclamações com relação ao troco. Nas duas ocasiões foi identificada a falta de moedas e também das cédulas de R$ 1, R$ 2, mas principalmente a de R$ 5.
Circulação aumenta – A pesquisa serviu para o Banco Central elevar o volume de dinheiro em circulação. O número de cédulas de R$ 1 subiu de 851 milhões para 864,4 milhões, as de R$ 2 passaram de 76,3 milhões para 83,2 milhões e as de R$ 5 de 196,7 milhões para 199,2 milhões. Mesmo com o volume adicional, os comerciantes continuam reclamando do baixo volume de cédulas de R$ 2 em circulação. Segundo o chefe do Meio Circulante do Banco Central, é preciso atingir cerca de 200 milhões de cédulas de R$ 2 em circulação para melhorar o problema, o que deve ocorrer até dezembro.
Associações – Cabral disse ainda que é intenção do Banco Central continuar firmando parcerias com as associações comerciais de todo o País, a fim de resolverem juntos as questões que envolvem o problema do troco.
Adriana Gavaça