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Comércio precisa mudar fachada para manter e ganhar clientes

Para cumprir as determinações da Lei da Cidade Limpa, muitos lojistas de São Paulo retiraram os logotipos das fachadas e estão funcionando sem um nome que os identifique. O que fazer agora para atrair o consumidor?

Os especialistas recomendam agilidade nas providências. Quem não definiu a nova fachada pode, por exemplo, utilizar uma faixa no interior da loja, ou, se houver vitrine, aproveitar esse espaço para destacar a marca – respeitando o recuo legal de um metro.

Para compensar a redução do espaço de exposição externa da marca e atrair o cliente, como já ocorre na Europa e nos Estados Unidos, pode-se “usar manequins humanos; contratar um mágico; promover uma apresentação musical; fazer uso dos aromas”, sugere o chefe do Departamento de Marketing da Fundação Getúlio Vargas, Marcos Cobra. “O lojista tem que ser criativo neste momento”, sentencia.

Vitrine – A coordenadora do Fukuoka Arquitetura & Construção, Andréa Espiridião acredita que, passado o impacto inicial, o varejo será beneficiado. “O consumidor terá uma percepção mais ordenada das lojas”, avalia.

O mais urgente, reforça Andréa, é identificar a fachada e providenciar limpeza ou reforma, se for o caso. Com as mudanças, a entrada da loja e a vitrine ganham importância. “Agora, a exposição dos produtos também vai contar muito. Em um primeiro momento, destacar uma promoção na entrada pode atrair o consumidor”, sugere. “Depois, é preciso renovação, para que o visual não canse o cliente”, alerta.

Fukuoka atende varejistas há 20 anos. Com 85% da clientela com lojas de rua, o escritório estuda, entre outras adaptações, a fachada da rede Lojão do Brás, hoje com 15 unidades na cidade. Os arquitetos desenvolveram duas possibilidades de visual para destacar o nome do empreendimento.

Dentro da lei
– O empresário Yong Man Kin, proprietário da rede P.A Concept, com cinco lojas de roupas voltadas para o público feminino, já colhe os frutos das recomendações dos especialistas que foram incorporadas ao negócio desde a abertura. Ele não terá grandes gastos com mudanças na fachada do estabelecimento. Isso porque o layout da loja obedece a uma série de normas, já que o imóvel pertence ao patrimônio histórico da cidade.

A unidade fica na Rua do Comércio, no centro da capital. Lá, Kin aproveita a vitrine para reforçar o nome da rede. A logomarca também está presente em pontos estrategicamente definidos no interior do empreendimento e no tapete da entrada. Com a nova legislação, ele só precisou retirar a sinalização em forma de pequena bandeira, que estava afixada na parede externa.

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