Os medicamentos de marca, notadamente os de uso contínuo, caíram em média 50% de preço no último ano. O principal motivo da redução foi a entrada dos genéricos no mercado, com preços até 45% mais baixos. Os anti-hipertensivos Blopress, do Abbott; Renitec, do Merck Sharp & Dohme, e o Capoten, do Bristol Myers Squibb, são os exemplos mais nítidos da pressão que os genéricos exerceram.
Os laboratórios criaram recentemente clubes e programas de incentivo ao uso de medicamentos de doenças crônicas, com descontos para os usuários. Assim garantem um preço mais baixo para seus produtos e a preferência de seus clientes.
O ministro da Saúde, Barjas Negri, disse que a estratégia do governo de estimular a oferta de genéricos foi feita justamente para provocar competição com produtos de marca. Conforme os dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já existem 500 genéricos para as principais doenças, que correspondem a 6% do mercado total de medicamentos, incluindo os de marca.
Christiane Bueno Malta e Fernanda Paraguassu