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Como diversificar uma carteira de ações

Guarulhos, 29 de agosto de 2002

arteA diversificação de risco é um mantra dos analista financeiros. O velho ditado popular de não colocar os ovos na mesma cesta é seguido a risca. A diversificação porém não é apenas distribuir os recursos em tipos diferentes de investimentos: ações, renda fixa, imóveis etc.. Um investidor deve diversificar o risco até no mesmo tipo de aplicação. No caso de uma carteira de ações isto pode ser feito facilmente com a distribuição do dinheiro em ações de diferentes setores.

O investidor que almeja simplesmete acompanhar o índice da bolsa de valores Ibovespa não precisa perder tempo com análise. Para isto basta comprar as ações que compõem o índice. No próprio índice já estão representados os principais setores da economia.

Caso o investidor tenha um pouco mais de experiência, ele mesmo pode escolher as ações que deseja comprar. Esta seleção passa necessariamente sobre uma análise setorial, dificilmente uma empresa apresenta um bom desempenho quando a sua indústria está num momento ruim.

A análise setorial é mais fácil para um investidor entender do que uma análise do balanço de uma empresa específica. Esta última requer alguns conhecimentos mais técnicos. Para fazer uma análise setorial basta acompanhar os noticiários e observar o cenário macro-econômico.

Não precisa ser um economista para entender que no quadro atual, com o dólar subindo desta maneira, o investidor deve evitar as empresas endividadas em dólar, principalmente aquelas que não possuem receita atrelada a moeda norte-americana (exportadoras). Caminhando nesta direção, apontaríamos os setores exportadores como os mais favorecidos neste ambiente. Não é a toa que as empresas de mineração e papel e celulose têm se destacado nos pregões.

Uma observação atenta da economia como um todo é um bom sinal de como estão os setores. Por exemplo: a queda na venda dos automóveis indica que o setor de auto-peças está com uma demanda bastante fraca. E assim por diante.

O desafio ao montar uma carteira de ações é selecionar as melhores empresas dos melhores setores. Um investidor comum dificilmente terá acesso aos dados que permita a escolha das ações individualmente, porém como mero consumidor e observador da economia brasileira, ele pode apontar os segmentos que gostaria de concentrar suas aplicações.