O consumidor deve ficar atento antes de entrar em um consórcio. João Carlos Scalzilli, presidente da Proconsumer (entidade de defesa do consumidor), lembra que é comum ler notícias sobre a liqüidação de administradoras desse tipo de negócio. “A entrada de dois grandes bancos – Itaú e Bradesco – no setor é positiva, porque deve estimular a transparência entre os administradores”, afirma. “Esse setor é marcado pela má administração de algumas empresas. E, com os novos concorrentes, elas terão de se acertar para chamar o cliente”.
Em todo o País, funcionam hoje 380 administradoras de consórcio. Dessas, 68 estão impedidas de negociar consórcios, de acordo com o Banco Central (BC). “Quando a empresa é liqüidada, o prejuízo é do consumidor, que pagou as parcelas mas não vai receber de volta nem o produto nem o valor investido”, diz Scalzilli. Ele destaca que o consumidor que estiver interessado em participar de um consórcio deve pesquisar a idoneidade da administradora.
Para Dinah Barreto, do Procon-SP, a formação e manutenção do consórcio via on-line não é vantagem para o cliente. “Para entrar em um consórcio, a pessoa precisa conhecer o sistema e participar constantemente das assembléias gerais, que são ocasiões em que os consorciados tiram dúvidas e checam a saúde financeira do negócio”, afirma. “Na tela do computador, não serão resolvidos todos esses problemas”.
O conselho de Dinah, para quem participa de grupos de consórcios de bancos ou deseja entrar nessa modalidade, é não deixar de participar das assembléias e procurar conhecer os membros do grupo. “Existem administradoras que deixam integrantes do grupo como auditores e isso dá mais segurança para o consumidor”.