Conta de luz vai pesar menos no orçamento
A conta de luz vai cair, em média, 2,03% neste ano devido à redução de pagamentos de subsídios do setor elétrico. As subvenções incluídas na tarifa de energia deste ano serão de R$ 13,904 bilhões, menos que no ano passado, quando somaram R$ 18,291 bilhões. Desse total, o consumidor terá de pagar R$ 11,9 bilhões, que serão repassados para a conta de luz.
“A notícia é um alívio para o empresário, que já encara inúmeros custos para manter seu negócio em pé. Em tempos de economia conturbada, qualquer redução é bem-vinda”, afirmou o presidente da ACE-Guarulhos, William Paneque.
A queda contrariou as previsões de aumento estimadas pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que alertou para um impacto de até 6% no preço da energia em 2017 em razão de cobranças que seriam irregulares e foram incluídas no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Trata-se de encargo cobrado mensalmente da população e das empresas para bancar custos de universalização de energia, subsidiar programas sociais do setor e financiar as indenizações das concessões elétricas, entre outras funções.
Na prática, embora a conta de subsídios seja grande, ela ficou menor do que a do ano passado. Além disso, as receitas da CDE aumentaram em relação a 2016.
Por isso, a arrecadação necessária para cobrir o orçamento também será menor. Pelos cálculos da Aneel, os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão uma queda maior, de 2,70%.
Isso acontece porque a divisão da conta entre as regiões é desigual, e esses clientes pagam 4,53 vezes mais do que os do Norte e Nordeste. Para os consumidores dessas duas regiões, a redução será de 0,35%.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, reiterou que a intenção é reduzir o tamanho da conta. “Todo o esforço que está sendo feito, pelo governo e pela Aneel, é para rediscutir essa política de subsídios do setor elétrico”, afirmou.