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Conta telefônica fica mais cara na próxima semana

A conta telefônica vai ficar mais cara na próxima semana. Hoje deve sair a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que a Telefônica possa recompor a cesta de tarifas dos serviços de telefonia fixa no Estado. Para alguns serviços, o aumento pode chegar a 19%.

A Telefônica está pleiteando junto à Anatel a recomposição de sua cesta tarifária – que inclui habilitação, assinatura e pulsos. Em entrevista coletiva concedida ontem em São Paulo, o vice-presidente de estratégia corporativa e regulatória da companhia, Eduardo Navarro, disse que o reajuste médio da cesta deve ser de 8,3% – um ponto porcentual abaixo da inflação acumulada em 12 meses medida pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas. Isso vai significar aumento nos preços da assinatura mensal e do pulso local e redução no preço da habilitação, segundo ele.

Pulsos e assinatura mais caros

O preço da habilitação da linha, de acordo com Navarro, deve cair dos atuais R$ 76 para R$ 50 – uma redução de quase 35%.

A assinatura residencial e os pulsos, entretanto, sofrerão aumento. Os pulsos devem ter um reajuste de cerca de 9%, de acordo com a Telefônica. O preço da assinatura residencial, que atualmente custa R$ 23,32, também será aumentado, embora não se tenha definido, ainda, o porcentual exato desse reajuste. Sabe-se apenas que deverá ficar abaixo de 19,2%, porque esse é o porcentual máximo permitido pela Anatel. A agência concede às operadoras essa flexibilidade no reajuste de preços dos diferentes serviços, desde que fique dentro do aumento médio autorizado para a cesta de tarifas.

O vice-presidente da Telefônica lembrou que o Brasil tem uma das assinaturas mensais mais baixas do mundo, de US$ 10,70, que inclui 300 minutos gratuitos de conversação local. No Reino Unido e no México, segundo ele, a assinatura custa US$ 38 e, na França, US$ 28.

Navarro também afirmou que a habilitação de uma linha no País é a mais barata do mundo. “Para se ter uma idéia, no Brasil o custo é de US$ 21,80, enquanto na Colômbia e na Argentina é de US$ 151”.

Tarifa única mais distante

O anúncio sobre a redução do preço da habilitação da linha telefônica e sobre o reajuste, conforme a inflação, dos preços da assinatura mensal e do pulso, fez com que a empresa desse um passo atrás em direção ao chamado flat rate (tarifa plana ou tarifa única).

“Admitimos que estamos um pouco mais longe desse patamar”, disse Navarro.

“Temos, contudo, de levar em consideração a situação brasileira, bem diferente da dos Estados Unidos, por exemplo, onde o flat rate já é realidade”.

A idéia do flat rate é estabelecer uma tarifa única mensal para ligações locais, independente de quanto o assinante usar o serviço. “O valor especulado para o Brasil praticamente dobraria o preço atual pago pela assinatura”, disse Navarro.

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