Há meia dúzia de anos, quando instituições educacionais começaram o processo de ensinar através da internet, a idéia de milhares de estudantes formando-se em cursos feitos pela rede parecia tecnicamente impossível.
Mas é isso que vai acontecer a partir de abril de 2002, quando a primeira leva de estudantes completará cursos de três ou quatro anos on-line.
Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas estiveram matriculadas em cursos on-line que contam créditos na graduação em universidades norte-americanas durante o último ano acadêmico.
A educação on-line ainda está em sua infância e debate sobre a melhor forma de combinar pedagogia e tecnologia. Alguns programas exigem que o estudante passe algum tempo em uma sala de aula real. Outros são conduzidos inteiramente no ciberespaço. Alguns se esforçam para integrar as últimas tecnologias incluindo chats e vídeos em streaming.
Os cursos a seguir são uma amostra pequena e subjetiva do aprendizado realizado pela rede mundial.
A Universidade de Illinois (www.lis.uiuc.edu) oferece o curso de biblioteca e informação científica via rede, que já teve 155 alunos matriculados.
Os alunos vão para o campus durante dez dias e terminam o curso recebendo palestras pela internet. Neste ano, o curso ganhou o primeiro prêmio anual de melhor curso para educação on-line entregue pelo Consórcio Sloam, uma associação de 80 instituições de ensino superior dedicada a promover o aprendizado via rede.
A direção da universidade reconhece que ensinar via rede é trabalhoso. Assim, quando dão aulas on-line, os professores não dão tantos cursos no campus, para não comprometer o ensino.
A Universidade Stanford (http://scpd.stanford.edu) também reconhece que é trabalhoso dar aulas para cursos on-line.
Para oferecer o programa de graduação na internet sem comprometer o ensino, criou um processo que permite que o aluno assista, na sala de aula virtual, o que está acontecendo na classe real. Enquanto o professor ensina, técnicos filmam e digitalizam a aula. Assistentes convertem o que o professor escreveu na lousa em um arquivo de texto que é sincronizado ao vídeo.
As universidades apostam que a quantidade de alunos aumentará assim que as pessoas assimilarem a possibilidade de fazer cursos on-line. Para estimular esse processo, a Universidade de Washington oferece 12 cursos rápidos, em www.lifelong.learningnetwork.com, com temas que variam de literatura a informática.
A Universidade de Illinois, que tem 400 cursos on-line em andamento, desenvolveu um que ensina estratégias para aprender nesse novo ambiente, com tópicos como ferramenta de buscas e ciberética. Veja mais em www.online.uillinois.edu.