Os mercados internacionais receberam mal a dolarização parcial na Argentina, mas o Brasil se mantém imune à crise no país vizinho. O dólar comercial acelera o ritmo de queda e já opera em baixa de 1,20%, vendido a R$ 2,47, a cotação mínima do dia.
O movimento de baixa se acentuou após o anúncio do resultado da balança comercial de novembro, que teve um superávit de US$ 288 milhões. A moeda abriu em alta de 0,59%, mas mudou logo o sinal.
O mercado de câmbio minimiza o efeito negativo das medidas anunciadas no último sábado na Argentina.
“Para a população argentina, a medida é terrível, mas o mercado considera que o limite de saques era necessário para estancar a sangria no sistema bancário”, diz o diretor da NGO Corretora de Câmbio, Sidnei Moura Nehme.
O governo do país vizinho estabeleceu um limite de US$ 250 semanais para saques bancários e a dolarização de depósitos a prazo fixo (com autorização do correntista) e de empréstimos concedidos no país.
As medidas buscam impedir que o sistema financeiro argentino entre em colapso, após uma corrida de investidores para fazer saques em bancos nos últimos dias.
