Porém, a segunda-feira começou com o dólar quebrando mais recordes. Em pouco mais de uma hora de negócios a moeda deixou para trás o patamar de R$ 2,60 e atingiu a cotação máxima de R$ 2,611.
Por conta da valorização da moeda, as previsões para os próximo dois meses tornaram-se mais pessimistas hoje. No mercado futuro, o dólar para outubro sobe 0,51%, indicando a cotação de R$ 2,626 para o próximo mês. Novembro indica a moeda a R$ 2,671.
Rogério Mori, economista-chefe do Banco Santos e diretor da Santos Asset Management, afirma que o dólar em R$ 2,60 joga um balde de água fria nas previsões de fechamento da moeda no final do ano. Segundo o economista, parece improvável que o dólar encerre 2001 entre R$ 2,35 e R$ 2,40.
Mori diz que ainda não refez suas projeções, mas seu “chute” é de que a moeda acabe o ano em R$ 2,45.
O mercado de câmbio amanheceu refletindo “a queda do mundo”, ou seja, a baixa generalizada das principais bolsas mundiais, como as de Londres, Frankfurt, Japão, européias e norte-americanas.
Há apenas dois meses, mais precisamente no dia 11 de julho, a moeda rompia os R$ 2,50, mais do que recorde, quebrava a barreira psicológica do dólar. Isso porque, antes do agravamento da crise argentina, nessa mesma época, a previsão de analistas e economistas era de que a moeda terminasse o ano em R$ 2,30.
Na quinta-feira, porém, algumas corretoras apontavam negócios com o dólar a R$ 2,60, que foi a cotação máxima daquele dia e um novo patamar do Plano Real.
Desde a quebra dos R$ 2,50, o dólar vem subindo gradativamente o que já alterou importantes previsões para índices da economia brasileira. O mercado atribui a alta à falta de liquidez, gerada pelas incertezas externas e à instabilidade da economia argentina.