Logo nas primeiras operações do dia, o comentário dos operadores de mercado era de que sem a “ajuda” do Banco Central a moeda norte-americana poderá disparar hoje. Essa “ajuda” pode vir através de uma possível oferta de papéis cambiais de curto prazo do BC, que pagam prêmio mais a variação cambial na data de seu vencimento.
Sob pressão constante dos investidores, o dólar comercial subia 0,62%, às 10h40, para R$ 2,725 na compra e a R$ 2,727 na venda.
O BC, desde os ataques terroristas nos EUA no dia 11, vem despejando quantidade superior de dólares em suas intervenções diárias no câmbio, mas sem causar qualquer alteração nas cotações da moeda.
O desaquecimento da economia mundial por conta dos Estados Unidos é o principal fator de preocupação do mercado. Pessimistas, os investidores se retraem e procuraram se proteger. Essa proteção, aliada aos poucos negócios dos últimos meses, pressiona e amplia o patamar do dólar a cada dia.
Ontem à noite, o BC decidiu manter a Selic – taxa básica de juro da economia brasileira – em 19% ao ano. A manutenção era esperada pelo mercado e por isso não reflete nas negociações de ontem.
Até o momento, o dólar oscilou entre +0,44% (R$ 2,722, na cotação mínima) e +0,70% (R$ 2,729, na máxima).