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Diretor do BC garante que empresas não gastarão mais com novo SPB

Guarulhos, 12 de março de 2002

As empresas terão cerca de seis meses para se ajustarem ao novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), segundo o diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo. Conforme explica o profissional, o projeto foi criado de forma a permitir adaptação mesmo depois que entrar em funcionamento. “Se for necessário, pode haver flexibilização do prazo de adaptação das empresas, mas hoje não vemos essa necessidade.”

Durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre o impacto do novo SPB nas indústrias, Figueiredo reiterou que as companhias não terão aumento de custo nas operações. Ele destaca, por exemplo, a redução do custo de intermediação financeira. “Vai acontecer diminuição de custos de fato porque os bancos terão mais segurança em seus recebimentos. No fim das contas, as empresas terão ganho e não aumento de despesa”. O executivo também destaca a disponibilidade do compulsório para os bancos fazerem frente a suas necessidades de caixa ao longo do dia. Atualmente, os bancos recolhem R$ 63 bilhões em compulsórios.

A diretora titular do departamento de pesquisa econômica da Fiesp, Clarice Messer, estima que a indústria vai ter, por mês, uma perda de R$ 1,3 bilhão com capital de giro. Além dessas despesas, ela destaca perdas adicionais com outros tipos de descasamentos entre pagamentos e recebimentos.