Dólar comercial mantém alta de 0,93%
O dólar comercial, que iniciou o último dia da semana em alta de 1,13%, a R$ 2,485 para compra e a R$ 2,495 para venda, recuou um pouco, mas ainda opera em alta. Às 10h52, operava com +0,93%, a R$ 2,487 para a compra e a R$ 2,490 para a venda.
Desta vez, o motivo da alta do dólar não é a Argentina, que está negociando nova ajuda junto ao Fundo Monetário Internacional, mas a agência de risco Standard & Poor's (S&P). O desembolso adicional para a Argentina pode chegar a US$ 9 bilhões.
Menos de uma semana após o Brasil fechar seu novo acordo com o FMI, aumentou a percepção de que o país dê um calote em sua dívida externa.
A Standard & Poor's rebaixou ontem, de estável para negativa, a tendência da classificação dos títulos do governo brasileiro, o que pressiona o dólar nesta manhã.
A S&P é uma empresa que avalia a capacidade de pagamento das dívidas de empresas e de governos.
Na prática, o rebaixamento de ontem não alterou a atual classificação dos títulos brasileiros. Para tomar a decisão, a agência levou em consideração cenários políticos controversos e fatores econômicos conhecidos. A S&P considerou excessivos e arriscados os atuais déficit orçamentário, volume e perfil da dívida externa do Brasil.
Ontem, o dólar comercial terminou a quinta-feira praticamente estável, a R$ 2,465 para compra e R$ 2,467 para venda (-0,08%). A taxa de câmbio atingiu a cotação máxima de R$ 2,473, alta de 0,16%. A cotação mínima foi de R$ 2,459, baixa de 0,40%.
A Ptax fechou em baixa de 0,14%, a R$ 2,4668. A Ptax é a média diária da cotação do dólar feita pelo BC e que serve de referência para a liquidação de contratos no mercado financeiro, entre outras funções.