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Economia cresce, mas não mais que 3%

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) acredita que a economia brasileira vem retomando a trajetória de crescimento. Mas segundo o Informe Conjuntural do primeiro trimestre, divulgado hoje, a expectativa é que, mesmo em um cenário muito favorável, o crescimento não ultrapassará 3% em 2002.

Segundo a nota, o crescimento do PIB em 2001 foi de apenas 1,5%, bem abaixo dos 4,4% do ano anterior. As razões para o mau desempenho no ano passado foram, de acordo com a CNI, foram “a deterioração do ambiente externo, em especial pela crise na Argentina, mas agravada pelo racionamento de energia”.

Mas o documento revela que a capacidade de isolamento do país frente à agudização dos problemas da Argentina e à virtual eliminação do risco de maior contaminação de natureza macroeconômica contribuem para as expectativas positivas. A CNI acredita que não há receio quanto ao financiamento das contas externas em 2002, “o que determinou o recuo da taxa de câmbio e eliminou riscos de uma pressão inflacionária mais forte”.

O documento, no entanto, também revela preocupação com o cenário externo, o que comprometeria a taxa de crescimento. Para a CNI, o aumento da instabilidade no Oriente Médio tem levado a altas sucessivas no preço do petróleo, o que já determinou elevação nos preços domésticos dos combustíveis. “A permanência de um quadro beligerante tende a pressionar os preços, com impactos sobre a inflação. Ainda que não suficiente para reverter a trajetória de recuperação, pode atenuá-la”, conclui o informe.

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