Com base na teoria do economista Muhammad Yunus, de Bangladesh, Paul Singer defendeu a possibilidade de ascensão social de comunidades com menor poder aquisitivo a partir da organização e formação de um autêntico “Banco do Povo”.
“Neste processo, o Banco do Povo não tem papel, nem tampouco agências, como os convencionais. Só teria agente de crédito”, realçou, estabelecendo um paralelo com o Banco Grameen, de Yunus, em Bangladesh, gerenciado por mulheres e com mais de 2,4 milhões de sócios. “Talvez porque elas sejam mais organizadas”, brincou.
O economista falou também de experiências no Canadá e na Argentina, com os”Bancos de Troca”, dirigidos para desempregados. “Neste processo, todos os trabalhadores ociosos se reúnem, falam de suas aptidões, disponibilidades e necessidades. Em geral conseguem ocupação e o resgate da auto-estima para futuras tentativas no mercado de trabalho”, disse.
O assistencialismo dos governos com os segmentos mais carentes foi considerado uma importante arma para o fomento de novas posturas, como consórcios e cooperativismo. “Precisamos usá-la como uma alavanca para acabar com a pobreza”, sintetizou.
O Ciclo é desenvolvido conjuntamente pela Secretaria do Trabalho e pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, que reúne representantes de sindicatos, organizações não governamentais, sociedade civil e poder público.