Empresas trabalham para ampliar as exportações
Um grupo de treze compradores de calçados de outros países confirmaram presença em São Paulo, em meados deste mês, o que representa uma oportunidade de ampliar as exportações dos micros, pequenos e médios empresários brasileiros do ramo. Os compradores serão trazidos à Feira de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes (Francal), pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com apoio da Agência de Promoção às Exportações (Apex).
A iniciativa em subsidiar a vinda de importadores, chamada de Projeto Comprador, faz parte do Programa Setorial Integrado (PSI), que conta com verba de R$ 6,580 milhões, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2002 – sendo que 50% vêm da Apex e o restante da iniciativa privada , segundo informou Juarez Leal, assessor da Apex. Para trazer os empresários à Francal, os gastos rondam os US$ 35 mil.
“Haverá continuidade nos projetos depois de 2002. É importante deixar claro que a Apex apóia, mas os projetos são desenvolvidos pela Abicalçados”, conta Leal.
Os empresários confirmados vêm do Chile, Venezuela, Colômbia, Peru, Panamá, México, África do Sul e Argentina. A Francal acontecerá entre 15 e 17 de julho. Segundo Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal, espera-se, ainda, a confirmação da presença de mais duas empresas que venham com apoio do projeto. “Foram chamados também jornalistas de outros países, inclusive europeus, para que conheçam o perfil do setor”, disse Jamil Abdala.
O organizador da feira acrescentou que apesar das crises que atingem os países da América Latina, esses representam potenciais mercados consumidores para os calçados brasileiros. “O Chile, por exemplo, têm a necessidade de importar 23 milhões de pares de calçados por ano. O Brasil equivale a apenas 10% desse total”. Segundo Abdala, o Brasil têm condições de aumentar as atuais exportações de 2,2 milhões para 15 milhões de pares por ano para aquele país. “Venezuela e Colômbia também têm grande potencial”, acrescentou.
Os importadores visitarão os estandes que reúnem consórcios de microfabricantes. Ao todo, na feira, são 700 expositores – cerca de 50% do total representam micro, pequenos e médios empresários. “Além desses convidados, outros importadores vêm por iniciativa própria também”, acrescentou Abdala.
De acordo com os organizadores, estão confirmadas as empresas: Suhll Shoes (Argentina); Bosco y Moran, Importadora Police e Bata Chile (Chile); Only 4 Shoes, Comercial Big Ben e Corporación Steps (Venezuela), Patricia Jaramillo e Zapacol Limitada (Colômbia); Ind. Windsor (Peru); Batice (Panamá); Importadora Atemajac (México); e United Retail (África do Sul).
O Brasil exportou, em 2001, US$ 1,6 bilhão em calçados, e o principal mercado são os EUA. Entre janeiro e maio deste ano, as vendas corresponderam a US$ 622,5 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Érica Polo