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Empresas trabalham para ampliar as exportações

Guarulhos, 04 de julho de 2002

Um grupo de treze compradores de calçados de outros países confirmaram presença em São Paulo, em meados deste mês, o que representa uma oportunidade de ampliar as exportações dos micros, pequenos e médios empresários brasileiros do ramo. Os compradores serão trazidos à Feira de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes (Francal), pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com apoio da Agência de Promoção às Exportações (Apex).

A iniciativa em subsidiar a vinda de importadores, chamada de Projeto Comprador, faz parte do Programa Setorial Integrado (PSI), que conta com verba de R$ 6,580 milhões, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2002 – sendo que 50% vêm da Apex e o restante da iniciativa privada , segundo informou Juarez Leal, assessor da Apex. Para trazer os empresários à Francal, os gastos rondam os US$ 35 mil.

“Haverá continuidade nos projetos depois de 2002. É importante deixar claro que a Apex apóia, mas os projetos são desenvolvidos pela Abicalçados”, conta Leal.

Os empresários confirmados vêm do Chile, Venezuela, Colômbia, Peru, Panamá, México, África do Sul e Argentina. A Francal acontecerá entre 15 e 17 de julho. Segundo Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal, espera-se, ainda, a confirmação da presença de mais duas empresas que venham com apoio do projeto. “Foram chamados também jornalistas de outros países, inclusive europeus, para que conheçam o perfil do setor”, disse Jamil Abdala.

O organizador da feira acrescentou que apesar das crises que atingem os países da América Latina, esses representam potenciais mercados consumidores para os calçados brasileiros. “O Chile, por exemplo, têm a necessidade de importar 23 milhões de pares de calçados por ano. O Brasil equivale a apenas 10% desse total”. Segundo Abdala, o Brasil têm condições de aumentar as atuais exportações de 2,2 milhões para 15 milhões de pares por ano para aquele país. “Venezuela e Colômbia também têm grande potencial”, acrescentou.

Os importadores visitarão os estandes que reúnem consórcios de microfabricantes. Ao todo, na feira, são 700 expositores – cerca de 50% do total representam micro, pequenos e médios empresários. “Além desses convidados, outros importadores vêm por iniciativa própria também”, acrescentou Abdala.

De acordo com os organizadores, estão confirmadas as empresas: Suhll Shoes (Argentina); Bosco y Moran, Importadora Police e Bata Chile (Chile); Only 4 Shoes, Comercial Big Ben e Corporación Steps (Venezuela), Patricia Jaramillo e Zapacol Limitada (Colômbia); Ind. Windsor (Peru); Batice (Panamá); Importadora Atemajac (México); e United Retail (África do Sul).

O Brasil exportou, em 2001, US$ 1,6 bilhão em calçados, e o principal mercado são os EUA. Entre janeiro e maio deste ano, as vendas corresponderam a US$ 622,5 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Érica Polo