Assim, depois de começar a semana em queda firme e manter a tendência até o início da tarde de hoje, o dólar comercial terminou a quinta-feira em alta de 1,30%, a R$ 2,485 para compra e R$ 2,487 para venda.
Desde o anúncio da renovação do acordo com o FMI, na sexta-feira à noite, o mercado especulava quanto a um montante de dólares que poderiam acalmar o câmbio. Além disso, os US$ 15 bilhões anunciados poderiam ser engordados com novos acordos com o BID e o Bird, mas não foi o que aconteceu.
Nesta tarde, os ministros Pedro Malan (Fazenda), Martus Tavares (Planejamento) e o presidente do BC, Armínio Fraga, confirmaram que “nada mudou” em relação ao acordo anterior.
No câmbio, a resposta foi imediata. O dólar comercial inverteu a tendência e passou a subir. Operadores creditavam a inversão do humor ao fato de que mais US$ 5 bilhões para o câmbio, conforme anunciado, não seriam suficientes para melhorar a liquidez dos negócios.
Profissionais do mercado, que alertavam quanto à euforia “exagerada” dos investidores, disseram hoje que a Argentina retomou as atenções novamente. Isso porque, a situação do país é considerada “mais delicada” após a divulgação de suas reservas internacionais.
Hoje, as reservas argentinas recuaram US$ 617 milhões, para US$ 17,347 bilhões, pouco superior a base monetária do país, que é de US$ 14 bilhões.
Durante esta terça-feira, a cotação de venda do dólar comercial oscilou entre -0,85% (R$ 2,434 na mínima) e +1,42% (R$ 2,490 na máxima).