É fundamental compreender a importância da internacionalização para a abertura de novos mercados. O menor crescimento das economias de nossa região, o ambiente empresarial agressivo, desafiador, competitivo e veloz num mundo cada vez mais complexo nos impõe grandes desafios de sustentabilidade de nossos negócios. Neste contexto, a exportação pode representar uma grande estratégia.
No aspecto macroeconômico, exportar produtos e serviços fortalece a balança comercial, a conta corrente e o fluxo de pagamentos internacionais, além de trazer receitas para o país exportador e para todos os interlocutores nesse processo. Internamente, as empresas que exportam diversificam os riscos diante de seus mercados locais instáveis protegendo-se das incertezas microeconômicas e em níveis regionais ou internacionais.
As pequenas e médias empresas (PMEs) obtêm vantagens adicionais ao se internacionalizarem. Podem, por exemplo, obter maiores e melhores operações econômicas de escala e seus consequentes aproveitamentos de instalações, maior rentabilidade de preços, extensão do ciclo de vida de seus produtos, otimização e ajustes na programação de sua produção, além de fortalecimento na relação com bancos, fornecedores e clientes.
As crises econômicas afetaram as principais regiões do mundo. Essas crises nos deixam lições importantes. Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indicam que o processo de internacionalização de PMEs conseguiu evitar grandes perdas para países como Portugal, Espanha e Grécia. Assim, as empresas que se preparam antecipadamente para internacionalizarem-se, antes dos sinais na redução de demanda interna de seus produtos e serviços, sobreviveram. Vale mencionar que os ciclos econômicos seguem fluxos de crescimento e recessão e, dessa forma, o ideal para qualquer empreendedor atento é preparar-se para ambos os fluxos, buscando diversificar seus mercados.
Outro ponto importante: buscar todos os possíveis esforços em investir no desenvolvimento internacional de seus produtos ou serviços, antes que se entre no fluxo de retração dos mercados internos, considerando o processo de exportação muito mais que custo, mas como investimento visando a lucratividade futura.
Devemos mudar nosso conceito de promoção internacional apenas em tempos de crise e/ou abandoná-lo quando recuperamos nosso mercado interno. Vários estudos que analisam políticas de apoio às PMEs, na Europa e Estados Unidos, indicam que fatores estruturais determinam o impacto de muitas crises econômicas, no entanto, países com alto índice de internacionalização e relações comerciais apresentam melhor adaptação aos momentos críticos em suas economias.
As projeções de crescimento para o Brasil em 2019 – aproximadamente 0,8% – não serão suficientes para atender nossas expectativas e confiança, o que requer de nós, como empreendedores, a busca por novos mercados, além-fronteiras. Há necessidade de que nos preparemos para os atuais e os novos cenários.
É por isso que a participação de todos os empresários na 9ª edição do Guaruex é importantíssima. A Prefeitura de Guarulhos, através da SDCETI e em conjunto com as principais entidades de Guarulhos (ACE-Guarulhos; CIESP; Sindasp; Sebrae; e Banco do Brasil) realiza o evento que se propõe a discutir, orientar e propor caminhos para o crescimento internacional dos empreendedores com um painel amplo de palestras e autoridades no tema de internacionalização.
O Guaruex acontece nesta sexta-feira, dia 29/11, das 8h30 às 12h, na sede do CIESP Guarulhos, na Rua Uruaçu, 100, no Jardim Leila. As inscrições gratuitas devem ser feitas no link: http://twixar.me/MSnT.
Jose Vitorelli é diretor de Comércio Exterior da ACE-Guarulhos e coordenador de Comércio Exterior do CIESP