Começar um negócio próprio também é tarefa árdua para jovens que, teoricamente, estariam habilitados a montar e conduzir uma empresa. Quem afirma é o coordenador do MBA em Varejo do Coppead (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Victor Almeida.
“Ainda hoje, a maioria dos cursos de administração prepara empregados em vez de empreendedores.”
Para ele, jovens administradores sentem o descompasso entre o dia-a-dia empresarial e a teoria acadêmica porque não são estimulados a tomar decisões gerenciais na faculdade.
“É fundamental, por exemplo, simular operações financeiras para que o aluno aprenda a enfrentar situações de risco”, aconselha.
O gerente-executivo da Escola de Novos Empreendedores (ENE) da Universidade Federal de Santa Catarina, Flávio De Mori, 38, também ressalta a importância de exercitar a rotina de um estabelecimento comercial por meio de simulações.
“A dramatização é importante para que eles aprendam a identificar qual linguagem usar com tipos diferentes de fregueses.”
Responsável pela cadeira de empreendedorismo na FGV (Fundação Getúlio Vargas) em São Paulo, Ofélia Torres, 64, diz que técnicas só funcionam quando associadas à experiência.
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