A postura adotada pela Polícia para o caso é a mesma da que foi adotada no recente seqüestro da filha do empresário Silvio Santos, Patrícia Abravanel. Na ocasião, a pedido da família, a polícia manteve as informações sob sigilo até o desfecho do caso. Patrícia ficou uma semana em poder dos seqüestradores.
A Delegacia Anti-Seqüestro, no centro de São Paulo, nega estar investigando o caso, embora o carro usado pelos seqüestradores, uma perua Peugeot branca, encontrado na tarde de hoje, esteja em sua garagem. Questionado sobre o fato, o plantão da delegacia diz desconhecer a informação. A Polícia Federal, que nesta tarde informou estar investigando o caso, também diz não ter informações.
Para seqüestrar o publicitário, os bandidos utilizaram coletes semelhantes aos da Polícia Federal, e simularam um blitz para interceptar o carro de Olivetto, um Ômega blindado. No momento do sequëstro, ele estava acompanhado pelo motorista particular, que foi solto pouco mais tarde e teria comunicado o crime à polícia. O publicitário não costuma andar acompanhado por seguranças.
Embora não divulgue informação, a polícia está surpresa com a ousadia dos seqüestradores. Em entrevista ao Jornal da Lilian o coronel Silva Filho, da Polícia Militar, afirmou que se fosse parado em uma blitz na avenida Angélica, como foi feito com Olivetto, também pararia o carro antes de notar que os coletes eram falsificados.
Olivetto é sócio da Prax Holding, empresa de comunicação proprietária, entre outros, da W/Brasil. A agência, que em 2001 completou 15 anos, está entre as maiores do País. Ele é considerado o profissional mais premiado da publicidade na América Latina e um dos mais premiados do mundo. Neste ano, a W/Brasil ganhou o prêmio Caboré como a Agência do Ano e o Grand Clio, um dos mais importantes do mundo.