O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciou a liberação de R$ 17 bilhões para o financiamento de micro e pequenas empresas, pequenos negócios tanto no comércio como na agricultura, com o objetivo de garantir a manutenção do ritmo da atividade econômica no País e a criação de quatro milhões de empregos. Fernando Henrique disse que, no momento em que o “mundo passa por dificuldades”, o governo dá continuidade a suas ações atendendo aos mais necessitados.
“Em momento que precisamos manter viva a nossa capacidade de tomar medidas que mantenham a atividade econômica, em vez de cruzar os braços, o governo libera recursos para atender aos mais necessitados”, disse Fernando Henrique em rápido pronunciamento no Palácio do Planalto. Os recursos, como explicou, serão retirados do FGTS e do FAT, além da contrapartida do setor privado.
“Estamos dando uma injeção de R$ 17 bilhões na economia. Isso ajuda a manutenção do ritmo de atividade e amplia empregos em 4 milhões”. O programa “empreendedor popular” receberá R$ 1 bilhão, aos quais se somam mais R$ 1 bilhão das agências financiadoras de pequenos negócios. Os recursos serão repassados por meio da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e ONGs.
O presidente disse que a liberação de recursos para este segmento de pequenos negócios “certamente” garantirá penetração em camadas da população que, atualmente, têm pouco acesso ao crédito. Citou como exemplo o programa de microcrédito, coordenado por uma ONG na favela da Rocinha, como um dos que será atendido pelos novos recursos.
Fernando Henrique anunciou, ainda, a destinação de R$ 150 milhões de recursos do FAT para o financiamento de imóveis prontos.
Ele também se referiu às modificações que foram aprovadas, na reunião do Codefat – Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador -, para atender ao financiamento para capital de giro aos pequenos e micro empresários, bem como a ampliação do Proger rural, que atende a pequenos agricultores atualmente excluidos do Pronaf. Participam do Codefat representantes das centrais sindicais, dos empregadores, do BNDES e do Ministério da Previdência e Assistência Social.