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Fiesp critica governo por não ter evitado blecaute

O diretor do Departamento de Infra-Estrutura Industrial (Deinfra) da Fiesp, Pio Gavazzi, disse hoje que a entidade não aceitará com passividade as perdas sofridas por causa do blecaute ocorrido anteontem e exigirá do governo federal um programa de expansão e de modernização da malha brasileira de transmissão de energia elétrica para garantir equilíbrio, qualidade e regularidade no fornecimento desta eletricidade. “Vamos aguardar as propostas da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) até o fim desta semana para analisarmos quais medidas precisarão ser aperfeiçoadas”, afirmou Gavazzi.

“Veremos se as medidas contemplam a melhoria do sistema já existente”, acrescentou. Segundo ele, a preocupação maior do empresariado paulista é com a administração do sistema elétrico brasileiro, considerado predominantemente frágil, nos próximos meses. “Em 1999, no blecaute anterior, houve a promessa de que esse problema não ocorreria novamente numa mesma escala dessa grandeza. Agora, pressionaremos o governo para resolver esse problema”.

O monitoramento da Fiesp acontecerá principalmente porque, diante da fragilidade do setor elétrico brasileiro, é possível que a preocupação sobre a qualidade de transmissão de energia do sistema seja deixada de lado pelo governo federal em um segundo momento. “Como vimos em 1999, cria-se uma celeuma na hora em que o problema acontece e, depois, pela sobreposição de outro problema ou por um mero esquecimento, as soluções são deixadas de lado. Não deixaremos, nesse caso, isso acontecer”, promete.

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