ACE-Guarulhos

Fórum da Mulher Empreendedora do CME mira combate à violência doméstica

Na tarde da última quinta-feira (23/03) aconteceu o 13º Fórum da Mulher Empreendedora, organizado pelo Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da Associação Comercial e Empresarial de Guarulhos (ACE). O evento, sediado no ENIAC, serviu como parte das comemorações pelos 16 anos do CME e apresentou quatro painéis, com mais de 190 participantes. Os temas variaram da importância do associativismo a políticas públicas para as mulheres, o que inclui o combate à violência doméstica.

Diretora superintendente do CME, a empresária Camila Amato destacou a retomada presencial do Fórum no momento em que o grupo de trabalho completa 16 anos de existência. “Durante a pandemia ficamos dois anos sem realizar o evento. É importante demonstrar a representatividade da mulher dentro de uma entidade de classe que é a ACE”, lembrou.

O presidente da ACE, Silvio Alves, participou o primeiro painel do Fórum, que debateu a importância do associativismo. “Quem apoia o empresário brasileiro? O que o empreendedor tem é só um sonho e empreender é a forma de realizá-lo. Muitas vezes, não é dinheiro que vai salvar o negócio. O que pode impedir o empreendedor de desistir é estar em comunidade dentro de uma entidade, onde vai encontrar outros pares que vão apoiá-lo, pessoas que já superaram aquelas mesmas dificuldades”, detalhou Silvio, a partir de sua própria experiência.

O segundo painel tratou de políticas públicas para as mulheres e contou com a presença da jurista Gabriela Manssur, que atuou como promotora de Justiça e se tornou referência no combate à violência contra a mulher. “Todo tema de mulher, seja empreendedorismo ou combate à violência, precisa do suporte de uma política pública eficaz que a incentive. Uma coisa está muito ligada à outra. O empreendedorismo é um movimento da economia que salva mulheres da violência”, afirmou Gabriela ao ser questionada sobre a importância do tema ser abordado em um evento de empreendedorismo.

“Muitas vezes, a mulher não dá um passo para sair do ciclo da violência por não ter a independência financeira. O empreender pode trazer a independência financeira, é mais um degrau que ela sobe para sair da situação de violência”, detalhou a Camila Amato. Na cidade de Guarulhos, pelo menos 100 mulheres por mês buscam atendimento na Delegacia da Mulher. Os painéis seguintes trataram de “A empresa e o digital” e “O extraordinário do empreendedorismo feminino”.

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