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Fraga prevê crescimento como o dos anos 70

Em um ano eleitoral, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, se mostra otimista com os rumos da economia brasileira e o discurso dos pretendentes ao Palácio do Planalto.

– O crescimento econômico é prioridade do atual governo e dos candidatos. É muito bom para o Brasil e temos que fomentar – afirmou.

Sem citar números, o presidente do Banco Central projetou um cenário de crescimento econômico sustentável para os próximos anos.

– Podemos entrar em um período que pode seguir o que ocorreu nos anos 70', previu, bastante otimista.

Fraga lembrou da flutuação do câmbio e seus reflexos positivos em setores como o de automóveis, brinquedos, informática e siderurgia. Segundo ele, há hoje uma “postura mais competente” dos setores econômicos. O presidente do BC participa do seminário “A Política Econômica e suas Perspectivas Futuras', promovido pela Ordem dos Economistas de São Paulo.

Inflação – Fraga ressaltou a criação da política de metas de inflação junto do câmbio livre durante sua gestão frente ao Banco Central, afirmando que o sistema tem a flexibilidade necessária para evitar a volatilidade.

O presidente do BC observou que, com essa política, a Autoridade Monetária conseguiu administrar os dois choques sofridos pela economia brasileira em 2001, lembrando a crise cambial e o problema relacionado com o racionamento de energia.

– É um instrumento adequado para um país com o perfil do Brasil e fica claro que uma das vantagens é a natureza plurianual – dsse ao se referir às medidas de médio e longo prazo adotadas pelo BC.

Segundo ele, sem o uso de medidas com objetivo de curtíssimo prazo, o BC busca criar um ambiente econômico previsível.

Permanência – O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, afirmou que se o Congresso aprovar uma nova lei que determine que a atual diretoria do banco participe do período de transição do governo, ou se o presidente Fernando Henrique Cardoso o indicar para o cargo, ele aceitará. Fraga disse, no entanto, que tem muito trabalho a fazer e não está preocupado com isso nesse momento.

Fraga disse ter ficado lisonjeado com a afirmação do senador José Alencar, do PL, de que ele deveria permanecer na presidência do BC no próximo governo. Alencar negocia uma aliança com o PT, caso ela se concretize, poderia ser vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República.

Wagner Gomes

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