No Brasil, 65% das empresas já foram vítimas de algum tipo de fraude. Esse dado faz parte de uma pesquisa que está sendo realizada pela consultoria americana Kroll Associated, com cerca de 4 mil empresários e executivos em todo o país. Na estimativa do diretor geral da Kroll no Brasil, Eduardo Sampaio, as perdas com fraudes devem somar cerca de R$ 500 milhões por ano no país, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Nos Estados Unidos as perdas totais com fraudes são de U$ 400 bilhões por ano, o equivalente ao PIB brasileiro, segundo levantamento da Associação Americana dos Examinadores de Fraudes. Em seminário sobre ética na administração pública realizado, em São Paulo, o diretor de política monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, apresentou uma pesquisa realizada em 2001 pela Organização Não Governamental Transparência Internacional e pelo Ibope.
De acordo com o levantamento, 4% dos brasileiros pesquisados estiveram sujeitos a pedidos de propina. O índice brasileiro é maior que o registrado em Portugal e na França (ambos com 1%) e bem superior ao de paises como Estados Unidos, Japão e Inglaterra, que tem entre 0% e 1%. Na opinião de Sampaio, uma pesquisa da Kroll que está em andamento deverá contestar esse índice.
– Pela nossa percepção, o índice de propina no Brasil deve ser maior que esses 4%, disse Sampaio.
Geraldo Magella
