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Golpe no crédito é pior que calote

As grandes empresas varejistas estão cada vez mais preocupadas: o número de golpes e fraudes que acontecem na hora de conceder créditos tem deixado os empresários de cabelo em pé. Com truques dos mais diversos, os trambiqueiros driblam a burocracia que existe na hora da compra, apresentando documentos falsos, que acabam por passar desapercebidos pelos funcionários. Os mais freqüentes são a clonagem de documentos, indicação de local de trabalho fictício e fasificação de hollerith para comprovar renda.

As perdas da rede de farmácias Farma 100, por exemplo, chegam a 1% do faturamento, informa Luiz Carlos Henrique, presidente de honra da empresa. Na Lojas Cem, que atuam no varejo de móveis e eletrodomésticos, para cada R$ 100,00 de vendas a prazo, “perdemos um centavo com o golpe”, diz o supervisor geral da empresa Valdemir Colleoni.

De acordo com ele, o varejo tem sido alvo de pelo menos 30 tipos de golpes aplicados pelos estelionatários. “Não posso falar quais são todos eles, pois senão estarei entregando o ouro aos bandidos”, afirma o supervisor. Outras fraudes captadas são fotos coladas ou datadas nos documentos e o número do RG incompatível com a data de expedição do documento.

O consultor Werner Scharrer, diretor da KPMG, uma das maiores organizações de serviços profissionais no País, calcula que os pequenos e grandes golpes representam de 6% a 8% do faturamento das empresas em geral. “É uma participação bastante elevada”, admite Scharrer, considerando que na Europa esse percentual varia de 4% a 5%. Ele coordena atualmente a atualização da pesquisa “A Fraude no Brasil – Relatório da Pesquisa 2000” (ver box ao lado).

Para o gerente nacional de crédito da Casas Bahia, Celso Amâncio, “um inadimplente pode ser recuperado, porém os golpes representam 100% de perdas. E isso causa um prejuízo muito grande, já que pelo menos 93% das vendas são realizadas pelo crediário”.

Segundo Amâncio, que ministra cursos de prevenção a golpes e fraudes para empresários e executivos, a Casas Bahia já evitou pelo menos uns 25 mil golpes em suas lojas nos últimos dois anos.

Investir na realização de seminários internos e a implantação de programas de treinamentos específicos foi a solução encontrada para o combate a esses delitos.

“O nosso treinamento visa auxiliar os funcionários na distinção de golpes, pois existem casos também que as pessoas não agem de má fé, mas por não possuírem os requisitos necessários não conseguem crédito”, afirma Valdemir Colleoni.

A Acig regularmente promove cursos para prevenção a golpes e Estelionatos. Mais informações a esse respeito, entre em contato com o Departamento de Marketing, pelo fone (11) 6463.9304, ou através do e-mail marketing@acig.org.br

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