Há uma ofensiva no governo para evitar o rebaixamento da nota do Brasil pelas agências de classificação de risco. Os primeiros atos da equipe econômica na virada do ano serviram para afastar o perigo imediato, mas as sucessivas derrotas do governo no Congresso mantêm dúvidas quanto ao sucesso do ajuste fiscal e exigem alternativas.
Fazem parte das novas medidas intensas articulações do governo em torno da reforma do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e um trabalho mais discreto a respeito da reforma das contribuições ao Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
“O governo precisa continuar mandando coisas para o Congresso para evitar o rebaixamento”, resume o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas, que participou de uma conversa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com um grupo de 16 especialistas, há três semanas.
Ficou claro para eles que as medidas tributárias estarão no centro da agenda do segundo semestre. Nesse diálogo, o ministro avaliou que a carga tributária está no limite. Assim, mais do que reforçar a arrecadação, a finalidade dessas duas propostas é abrir espaço para o passo seguinte: a retomada do crescimento por meio de reformas na economia.
(Com informações do Diário do Comércio)