Governo tentará evitar aumento da gasolina
O governo, por enquanto, tentará evitar que a Petrobras aumente os preços dos combustíveis no país. Os preços da gasolina e do óleo diesel consumidos no Brasil são calculados com base na cotação do barril do petróleo no mercado internacional e na variação do câmbio.
Em princípio, segura – disse o secretário-geral da Presidência da República, Euclides Scalco, ao ser perguntado se o governo conseguiria manter os preços dos combustíveis no mesmo nível, sem um novo aumento.
Por causa do bombardeio americano e inglês ao Iraque, um dos maiores produtores de petróleo no mundo, a cotação do barril do tipo Brent subiu 2,36% na sexta-feira (06) e foi cotado a US$ 28,37. O petróleo negociado em Nova York chegou a ser cotado a mais de US$ 30. Além disso, a cotação do dólar vem subindo e a Petrobras não repassou esse custo para o consumidor.
Desde janeiro deste ano, a empresa tem liberdade para fixar os preços da gasolina e do diesel na refinaria, podendo repassar aumentos e reduções para os consumidores. O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, há cerca de um mês disse que esperava que a Petrobras adotasse uma política conservadora em relação aos preços dos combustíveis, porque o câmbio praticado não era o real.
Naquele momento, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deu poderes à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para intervir em todo o mercado de combustíveis, inclusive tabelando preços. A ANP determinou à Petrobras uma redução de 12,4% do preço do gás de cozinha (GLP) na refinaria.