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Guga conquista 1º título em quadras duras no ano

Em um dia histórico, Gustavo Kuerten venceu dois jogos em cerca de duas horas, arrasou o australiano Patrick Rafter e foi campeão do Masters Series de Cincinnati, conquistando seu primeiro título em quadras duras no ano.

Cerca de 30 minutos depois de ter eliminado o inglês Tim Henman, na continuação da partida interrompida na noite de ontem devido às chuvas, Guga voltou à quadra central do ATP Tennis Center e venceu Rafter por 2 sets a 0, com 6/1 e 6/3, na final do torneio.

“Dormi bem mal, só tive umas seis horas de sono. Mas no final acho que ter que jogar uma partida atrás da outra me ajudou. Entrei no jogo com o Rafter super-quente, motivado e como se estivesse jogando um terceiro set de um outro jogo”, disse Guga.

Cincinnati é a 16ª conquista de Guga na carreira e o quinto título em torneios da Masters Series, a segunda série de torneios em importância na ATP.

Vivendo seu melhor momento na carreira, Guga venceu dois dos melhores jogadores em quadras duras, piso em que ainda não tem tantas conquistas quanto no saibro, e venceu o título de forma arrasadora.

No primeiro jogo, confirmou a recente melhora em tie-breaks, batendo seu nono adversário seguido em um desempate, oitovo em quadras duras.

Meia hora depois, no segundo jogo, embalado, aquecido e muito mais concentrado do que o descansado Rafter, Guga foi praticamente impecável.

Contra o tenista da atualidade que melhor tem praticado o estilo “saque-voleio”, ideal para jogos em quadras duras, Guga quebrou três saques no primeiro set e venceu por 6/1.

No segundo obteve apenas uma quebra, mas não cedeu nenhuma ao australiano. O brasileiro venceu o sexto game e salvou dois break-points no game seguinte, mantendo a vantagem que lhe garantiu a vitória.

“Acho que todo mundo ficou surpreso com o resultado do jogo, mas eu estava me movendo de maneira perfeita e ele não tinha resposta para as minhas jogadas. Minhas devoluções de saque também foram perfeitamente colocadas no fundo e bem perto da linha”, explicou o catarinense.

Ao final da partida, Rafter, que perdeu sua terceira final consecutiva _Wimbledon, Montréal e Cincinnati_, reconheceu que o brasileiro já joga igualmente bem em qualquer tipo de superfície.

“Guga já não é mais um jogador de saibro, tive muita dificuldade para impôr meu estilo de jogo na partida de hoje e ele esteve muito bem”, disse o australiano.

Já Guga não deixou de lado seu estilo tradicional e manteve a simplicidade ao explicar o que fizera em menos de duas horas e meia.

“Para ser sincero ainda não sei direito o que me aconteceu. Procurei me concentrar no jogo, me manter confiante e tentei não pensar muito em tudo o que fiz”, afirmou.

Desde a classificação para as semifinais, Guga já tinha garantida a unificação da primeira posição dos rankings da ATP, o de entradas e da “corrida dos campeões”. Com o título, amanhã, ele irá aparecer com 670 pontos na “corrida”, 60 a mais do que o vice-líder, Andre Agassi.

Nesta semana, ele disputa o Torneio de Indianápolis, onde defende o título conquistado no ano passado e que foi sua primeira conquista em quadras duras. Sua estréia deve ser na quarta-feira.

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