O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) duplicou a lista de produtos que precisam passar obrigatoriamente pela avaliação do órgão. São os chamados produtos com certificação compulsória. Até o final de 2003, mais 41 produtos passarão pela análise do Inmetro. O diretor de qualidade do Instituto, Alfredo Orphão Lobo, disse que atualmente apenas 40 produtos integram a lista de produtos com certificação compulsória.
O Inmetro avalia a qualidade e o cumprimento às normas daqueles produtos que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente ou ponha em risco a segurança das pessoas, como botijões de gás. Segundo Lobo, foi elaborada uma lista de 300 produtos, da qual foram selecionados mais 41. Os critérios usados foram incidência de reclamação por parte dos consumidores, importância na pauta de exportação e necessidade de proteger o mercado interno.
Lobo citou como exemplo os bebedouros importados da China que, além de serem de baixa qualidade, entram no País muito barato e estão prejudicando a indústria nacional. Os produtos que não estiverem em conformidade com as normas do Inmetro podem ser apreendidos. O diretor de qualidade disse que a avaliação do Inmetro é uma forma de barreira técnica a importação de produtos que prejudicam o mercado nacional e não fere as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
A certificação de brinquedos há alguns anos foi vital para a indústria nacional enfrentar a invasão de brinquedos vindos da China e de Taiwan. A lista selecionada pelo Inmetro inclui, entre outros, chupetas, capacetes industriais, isqueiros, lampâdas, seringas e agulhas hipodérmicas, bebedouros e cinto de segurança.
Os produtos de certificação compulsória sofrem uma fiscalização freqüente dos técnicos do Inmetro. Lobo explicou que outros 72 passam pela avaliação do Inmetro para certificação voluntária. As indústrias usam o selo de qualidade do órgão para atrair o consumidor e agregar valor ao produto.
Renata Veríssimo