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INSS aperta cerco aos fraudadores

A Previdência Social decidiu apertar o cerco aos fraudadores e sonegadores. O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, José Cechin, anunciou ontem a criação da Central de Avaliação de Riscos do Sistema Previdenciário. O objetivo é organizar o cruzamento de informações entre os diversos bancos de dados do governo para identificar a vulnerabilidade do sistema e permitir que a Previdência se antecipe à ação das quadrilhas organizadas.

“Queremos resultados imediatos”, declarou o secretário. De acordo com Cechin, essa nova ofensiva vem se somar à força-tarefa, criada em agosto de 2000 para reprimir as fraudes no sistema previdenciário. Em 18 meses de existência, a força-tarefa conseguiu economizar R$ 20,7 milhões para os cofres públicos nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

Nesse período, a força-tarefa encaminhou à auditoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cerca de 10 mil benefícios com suspeita de fraude. Desse total, 1.788 benefícios já foram suspensos ou cancelados.

Além da economia de recursos e da retomada dos bens adquiridos com o dinheiro desviado, a Previdência vem ajudando a desmontar quadrilhas e prender seus integrantes. Pelos dados da Previdência Social, só no Rio de Janeiro e São Paulo foram presas 89 pessoas, sendo 52 em flagrante e 37 mediante o cumprimento de mandados judiciais.

A Central de Avaliação de Riscos do Sistema Previdenciário, segundo Cechin, vai inibir ainda mais a ação dos fraudadores. Com os cruzamentos que serão feitos, o INSS terá condições de detectar, por exemplo, as fraudes originárias dos óbitos dos segurados.

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